Financiamento: solução ou problema?

Eu diria que depende. Mas depende de quê? De vários fatores internos e externos ao negócio. Quantos proprietários de empresas, ao primeiro sinal de que as coisas não vão indo bem, associam imediatamente esta situação a falta de capital de giro, e correm a procura de financiamento junto ao Banco do qual é correntista, e quando não tem conta, procuram mesmo é um agiota, como se essa seja a solução para que ele possa finalmente ver a cor do dinheiro. Pode até ser, mas antes de se chegar à conclusão é necessário levantar as reais causas deste aperto financeiro, a começar por responder algumas perguntinhas:
* Estou comprando bem a minha mercadoria?
* Realizo uma boa negociação com os meus fornecedores?
* Como está o nível do estoque dos meus produtos?
* Qual a relação entre o prazo de pagamento e o prazo de recebimento?
* Estou reinvestindo parte do meu lucro no negócio?
* Será que não estou misturando as minhas despesas pessoais com as da empresa?
* Qual o nível de comprometimento dos meus funcionários?
* A missão da empresa é clara?
* Que gastos eu posso cortar sem que impacte no bom funcionamento da empresa?
Se você conseguir encontrar as respostas para estas e outras indagações, com certeza vai pensar duas vezes antes de buscar empréstimo junto aos Bancos, porque da mesma forma que o crédito, se bem aplicado, pode proporcionar saltos qualitativos nos negócios, por outro lado também pode levar a sua empresa a um túnel sem saída, quando utilizado inadequadamente. Então, saiba que esta fotografia do empreendimento é indispensável antes de qualquer iniciativa. Seja para levantar as reais necessidades de um financiamento, como também para que se possa adotar estratégias importantes que venham tirar a empresa do sufoco.
Após este levantamento inicial, se for realmente comprovada a necessidade de empréstimo, aí sim, é hora de dar o próximo passo, que é a busca de informações sobre os Bancos que oferecem condições mais favoráveis e quais as linhas de crédito se adequam melhor a sua realidade. Esta é uma medida importante, pois trará maior segurança durante as demais etapas do processo.
Fonte: Visão do Empreendedor - Juniar Ellyan é Economista e Analista Técnca do Sebrae/CE

A Figura do Microempreendedor Individual

Brasília - O Senado aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei da Câmara 128/08, que ajusta a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06) e que beneficia mais de 11 milhões de empreendedores. Os 49 senadores presentes votaram favoravelmente à proposição. Agora o projeto volta para revisão da Câmara dos Deputados. A expectativa é que a aprovação pelos deputados ocorra na próxima semana, a tempo de ser sancionado ainda este ano, para vigorar já em janeiro de 2009.O PLC 128 cria o Microempreendedor Individual (MEI), que abrange aqueles com receita bruta de até R$ 36 mil ao ano, como costureiras, sapateiros, manicures, barbeiros, marceneiros, encanadores, mecânicos, pintores de parede. Com a medida, eles ganham facilidades para legalizar o negócio, passam a pagar valor fixo mensal de R$ 45,65 para o INSS, R$ 1 de ICMS ou R$ 5 de ISS. Terão direito à aposentadoria por idade ou invalidez, seguro por acidente de trabalho, licença-maternidade, e a família ainda tem direito a pensão por morte do segurado e auxílio-reclusão, se for o caso."A aprovação desse projeto significa uma revolução social para os empresários que hoje estão na informalidade. É uma grande oportunidade de buscar a formalização demilhões de empreendedores", defendeu o relator, senador Adelmir Santana, que também preside o Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae.O projeto ainda permite a inclusão de novos setores econômicos no Simples Nacional – o Supersimples – como manutenção e reparação em geral, decoração e paisagismo, laboratórios de análises ou de patologias clínicas, serviços de próteses em geral, serviços de tomografia, de diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos e ressonância magnética.A matéria foi aprovada por acordo de lideranças. Foram rejeitadas emendas de plenário que não haviam sido acordadas. A senadora Ideli Salvati também retirou outra emenda que não estava no acordo, a de nº. 23, que permitia a inclusão de várias outras categorias no Simples Nacional, como empresas de consultoria, médicas, advocatícias e de jornalismo. Mas ficou acertada a apresentação de projeto específico com esse objetivo.
Fonte: empreendedor UOL

Agregar valor. Mas como?

Quantas vezes já ouvimos falar que a solução dos problemas ou o caminho para o sucesso das pequenas empresas, independente do setor de atividade, é agregar valor aos produtos e serviços oferecidos ao cliente. O que poucos dizem é que, para agregar valor, são necessários investimentos e uma boa dose de inovação. O mesmo que colocar as idéias em prática, com objetivos claros e fáceis de mensurar.
Agregar valor não é fazer o que todos já fazem e cobrar um pouco menos. Também não é melhorar algo que já é percebido como bom ou ótimo pelo cliente. Muito menos divulgar melhor a empresa. Agregar valor é dar um salto de qualidade em uma ou mais características, do produto ou serviço, que de fato são relevantes para a escolha do consumidor.
A empresa que pretende diferenciar-se agregando valor precisa, antes de tudo, conhecer o que seus clientes necessitam e mais do que isso, quais são os atributos dos produtos e serviços que de fato são determinantes no processo de compra. Para isso é fundamental conhecer profundamente o cliente, suas vontades, seus hábitos e seus valores. Podem-se partir das necessidades básicas e bastante conhecidas, como rapidez e conveniência, porém dificilmente uma empresa consegue agregar valor sem interagir continuamente com os seus clientes, identificando suas verdadeiras carências e anseios. Somente as empresas, que sabem o que cliente quer e valoriza conseguem direcionar seus esforços e otimizar seus gastos na melhoria da qualidade.
Mas, não basta conhecer as novas demandas da clientela, se a empresa não possuir o conhecimento ou a tecnologia adequada para inovar. A inovação pode derivar tanto de uma tecnologia inédita como de uma nova forma de organizar e gerir a empresa. O importante é que a inovação seja percebida pelo cliente. Os restaurantes por quilo é um exemplo. Quando sugiram os primeiros, a inovação não estava na refeição ou no modo de produzi-la, mas na maneira como o cliente selecionava o que desejava comer e na forma de pagamento mais justa, proporcional ao volume colocado no prato. Além desses atrativos os restaurantes por quilo também proporcionam um valor básico que é a rapidez.
A empresa deve buscar ganhos de qualidade que os clientes entendam facilmente, que aconteçam de imediato ou num futuro muito próximo, que possam ser divulgados com rapidez e clareza, sem a necessidade de explicações ou cálculos complexos. Inovar não é tornar o produto ligeiramente melhor ou um pouco mais barato, pois isso dificilmente será percebido pela grande maioria dos consumidores.
Agregar valor, portanto, depende tanto de investimentos em pesquisas para detectar as necessidades dos clientes, como no desenvolvimento de tecnologias e formas de administrar mais eficazes. Em outras palavras para agregar valor precisamos ter um olho no cliente e outro na inovação.

Fonte: Visão do Empreendedor - Gustavo Carrer I. Azevedo é consultor Orientação Empresarial do SEBRAE/SP

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